sábado, 26 de janeiro de 2013

FLAGRANTE DE ARCO-ÍRIS DE FOGO NO PARANÁ

Fenômeno raríssimo, é muito difícil você encontrar o arco-íris de fogo. Mas se você tiver muita sorte, pode encontrá-lo uma ou duas vezes em toda a sua vida. Claro que estando no lugar certo e na hora certa.

Quando encontrá-lo, você irá presenciar um fenômeno tão belo e exuberante que vai ser algo para se lembrar pelo resto da sua vida. 

Aconteceu comigo. Eu o vi. E foi a primeira vez num momento surpreendentemente único: dia 22 de janeiro de 2013, o dia da morte do meu pai, quando eu regressava do litoral de Santa Catarina rumo a Ponta Grossa, no Paraná, onde meus pais residem.
 
O arco-íris de fogo, cujo nome correto é arco circum-horizontal, é um raro efeito ótico na atmosfera denominado Halo (halo é basicamente um anel de luz que rodeia um objeto), e que é representado como um arco-íris horizontal em nuvens consideravelmente altas, classificadas como "Cirrus" (são nuvens que se formam a uns 8 mil metros de altura com temperatura ambiente abaixo de 0°.

O fenômeno ocorre porque os cristais de gelo na nuvem são orientados horizontalmente para quebrar a luz do sol, fenômeno denominado de refração da luz. Os raios entram por uma parede lateral vertical e, através deles, partem para foram por uma parte inferior horizontal, ocorrendo uma separação espectral de cores como o arco-íris comum. Só que este é causado pela refração da água no estado líquido. As cores que você enxerga podem mudar dependendo da sua posição em relação ao sol e ao objeto.

O apelido "arco-íris de fogo" vem apenas do fato do fenômeno produzir um padrão oscilante de cores que vai do azul ao verde ao vermelho ao púrpura e novamente ao azul, como as cores de um arco-íris.

E porque não vemos um arco-íris de fogo com frequência? Porque a formação dele requer que o sol esteja muito elevado no céu, a uma altitude de 58° ou superior e que uma nuvem Cirrus contenha cristais em forma de placa de gelo. A altitude do sol determina a visibilidade de um Halo, e é impossível ver me locais a 55° ao Norte ou 55° ao Sul da Linha do Equador. Em outras latitudes o fenômeno é visível, por um tempo maior ou menor.

Eu tive a sorte de vê-lo e fotografá-lo neste dia 22 de janeiro, às 15h11min., próximo à entrada de Ponta Grossa, no Paraná. 

Jamais esquecerei esse dia. Confiram.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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