quinta-feira, 3 de julho de 2014

CEM ANOS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL



Nenhuma outra guerra mudou o mapa da Europa de forma tão dramática, quanto a Primeira Guerra Mundial, que começou em 28 de julho de 1914, com o assassinato do arquiduque Francisco Fernando da Áustria, o herdeiro do trono da Áustria-Hungria, pelo nacionalista iugoslavo Gavrilo Princip, em Sarajevo, na Bósnia, e durou até 11 de novembro de 1918.  




Quatro impérios desapareceram após o fim do conflito: o Alemão, o Austro-Húngaro, o Otomano e o Russo. Quatro dinastias, juntamente com as aristocracias que as apoiavam, caíram após a guerra: os Hohenzollern, os Habsburgos, os Romanov e os Otomanos. Países como a Bélgica e a Sérvia passaram por destruições severas, assim como a França, que perdeu 1,4 milhão de soldados, sem contar as vítimas civis.  A Alemanha e Rússia foram igualmente afetadas. 



A guerra teve consequências econômicas profundas. Dos 60 milhões de soldados europeus que foram mobilizados entre os anos de 1914 e 1918, 8 milhões foram mortos, 7 milhões foram incapacitados de maneira permanente e 15 milhões ficaram gravemente feridos. A Alemanha perdeu 15,1% de sua população masculina ativa, a Áustria-Hungria perdeu 17,1% e a França perdeu 10,5%. 



Na Alemanha, as mortes de civis foram 474 mil superiores do que em tempo de paz, em grande parte devido à escassez de alimentos e desnutrição que enfraqueceu a resistência à doenças. Até o final da guerra, a fome matou cerca de 100 mil pessoas no Líbano. As estimativas mais confiáveis sobre o número de vítimas da fome russa de 1921, apontam a morte de entre 5 e 10 milhões de pessoas. Por volta de 1922, havia entre 4,5 milhões e 7 milhões de crianças de rua na Rússia, como resultado de quase uma década de devastações causadas pela Primeira Guerra Mundial, pela Guerra Civil Russa e pela crise de fome subsequente, entre 1920 e 1922. Muitos russos anti-soviéticos fugiram do país após a Revolução Russa de 1917; na década 1930, a cidade chinesa de Harbin, no norte do país, recebeu 100 mil russos. Outros milhares emigraram para a França, Reino Unido e Estados Unidos. Meu avô (russo) veio para o Brasil.



Dos cerca de 416 mil australianos que lutaram na guerra, cerca de 60 mil foram mortos e outros 152 mil ficaram feridos.



Doenças floresceram nas condições caóticas da guerra. Apenas em 1914, piolhos infectados pelo tifo epidêmico mataram 200 mil pessoas na Sérvia. Entre 1918 e 1922, a Rússia tinha cerca de 25 milhões de infecções e 3 milhões de mortes por tifo. Considerando que antes da Primeira Guerra Mundial a Rússia registrava cerca 3,5 milhão de casos da malária, após o conflito seu povo sofreu com mais de 13 milhões de casos em 1923. Além disso, a grande epidemia de gripe em 1918 se espalhou pelo mundo. No geral, a pandemia de gripe espanhola matou ao menos 50 milhões de pessoas.



O Brasil, a princípio, neutro, foi o único país latino-americano a participar da Segunda Guerra Mundial, depois que dois navios brasileiros foram torpedeados: o Rio Branco e o Paraná (carregado de café, que posteriormente foi indenizado) e três brasileiros mortos. Foram torpedeados também o navio Tijuca, perto da costa francesa, o vapor Lapa, o navio mercante Macau perto da costa espanhola e os navios Guaíba e Acari. 



Em 1917, o governo brasileiro confiscou 42 navios alemães que estavam em portos brasileiros, como uma indenização de guerra, essa quantia considerável de navios passou a corresponder a um quarto da frota brasileira.



Com a pressão popular contra a Alemanha, no dia 26 de outubro de 1917, o país declarou guerra à aliança germânica.



Isso tudo deveria ter servido de exemplo ao mundo, entretanto, parece que os povos não aprenderam nada, pois apenas 20 anos depois ocorreria a Segunda Guerra Mundial



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