Esse movimento originou-se no Canadá, após o
depoimento de um policial em uma Universidade de Toronto sobre segurança no
campus, onde dizia que os estupros ocorriam por
culpa das mulheres ao se vestirem como “sluts” – vadias – dando a
entender que a culpa é das mulheres. As manifestações contra essa
culpabilização das vítimas espalharam-se pelo mundo e no Brasil não foi diferente,
já tendo ocorrido em diversos estados e cidades, como em Curitiba e Londrina.
A marcha no Brasil ocorre porque o país ocupa,
vergonhosamente, o 7º lugar em homicídio de mulheres. A cada 15 segundos uma
mulher é agredida em algum canto do país, sendo que três a cada dez mulheres já
foram agredidas e, nos últimos 30 anos, mais de 91 mil mulheres foram
assassinadas.
Em Maringá, os organizadores afirmam que há uma
ocultação de casos nos quais, nós, mulheres, somos vitimas cotidianas. Não se
pode esquecer da menina Márcia, estuprada e morta por um monstro chamado de
Natanel Búfalo. Sabe-se que em Maringá há um maníaco que já fez 7 vítimas,
todas prostitutas e nada foi feito até agora.
“Nossa
cidade é conhecida como cidade modelo, cidade sem pobreza (favela), sem
violência. Quando a mídia nos reforça a pergunta mas por que em Maringá,
questionamos: por que não em Maringá? Será que aqui não tem violência de
gênero, doméstica, sexual, moral, etc? Aqui não há machismo? Maringá não está
em uma bolha e isenta de todos os problemas que assolam o mundo. A luta de
classes, a exploração e a opressão estão presentes em qualquer ponto do globo.
Mas em nossa cidade, que tenta transparecer uma perfeição hipócrita, o que
acontece é a ocultação de casos na qual nós, mulheres, somos vítimas
cotidianas”, diz comunicado no blog das “vadias” maringaenses que ainda
provoca: “Se ser livre é ser vadia, somos todas vadias”.
Leia mais em:
Concentração: Praça da Prefeitura
Horário: 14H
Percurso: Saída da praça da prefeitura até o estádio Willie Davids
Para refletir nesse movimento em prol de TODAS as mulheres:
O pastor protestante Martin Niemöller,após ser prisioneiro dos Campos de Concentração Nazistas, durante a
Segunda Guerra Mundial, disse:
- “Primeiro vieram buscar os
comunistas. Depois vieram buscar os sindicalistas. Eu não fiz nada
porque não era comunista e nem tampouco sindicalista. Então vieram
buscar os judeus e eu também não fiz nada porque não era judeu. Depois
vieram buscar os católicos e eu não fiz absolutamente nada porque estava
pastor protestante. E aí, então, quando vieram me buscar, não havia
mais ninguém para fazer alguma coisa...”
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