quinta-feira, 5 de julho de 2012

BAIXO-NÍVEL DAS CAMPANHAS POLÍTICAS

Esta semana, alguns jovens que acompanham os blogs comentaram comigo estarem assustados com o baixo nível da campanha eleitoral, que nem começou ainda e já está sendo considerada a pior da história de Ivatuba.
E eu respondi: “não se assustem, baixaria parece ser uma regra em todo lugar em que há democracia. Principalmente no Brasil, onde o nível cultural do povo é mínimo.”

E, até certo ponto, é saudável. Desde que não ultrapasse os limites da decência e do respeito para com a individualidade e a vida pessoal de cada um.

Faço um paralelo entre as quadrilhas de traficantes, que disputam à bala um lucrativo ponto de vendas e as chapas formadas em Ivatuba, que estão disputando entre si, quem levará a galinha dos ovos de ouro.

As duas estão disputando uma competição cujo prêmio será controlar a vida de cerca de 3000 mil pessoas e um orçamento de aproximadamente 10 milhões de reais (se for só isso!).  É uma teta suculenta demais para ser desprezada.

Da mesma forma que quadrilhas de traficantes disputam à bala um lucrativo ponto de venda, as chapas municipais estão disputando entre si quem terá a preferência de se fartar com todos os benefícios financeiros oriundos do poder após assumir o governo do município. Quem resistiria?

Como disse um amigo, num cenário como o que temos visto aqui nos últimos anos, o que se poderia esperar: Que as chapas se bajulassem? Que apresentassem apenas “discordâncias democráticas” e se abraçassem e dessem tapinhas nas costas? 

É tudo uma simples questão de lógica dos atos humanos. Não teria sentido esperar outro comportamento deles que não exatamente isso que tá ocorrendo.


(Quando não se tem argumentos, quando se percebe que a coisa está em queda acentuada, a baixaria é o último recurso).

Democracia é isso: infelizmente (apenas) duas chapas disputam violentamente o poder para, no fim, sugar todas as nossas esperanças em termos uma Ivatuba com uma melhor qualidade de vida para todos e não somente para alguns poucos privilegiados.   

Não há uma terceira escolha para a população, a não ser anular o voto. E entre nós, os “submissos”, ainda há centenas que se submetem e aprovam isso tudo. Fazer o que?

Todavia, se agora já está assim, sem ética, sem respeito pelo povo e de tão baixo nível, imaginem como será depois quando se virem diante das verbas que o governo federal envia para que sejam aplicadas a favor do povo?

Infelizmente, mais uma vez, não parece que vai haver uma política séria onde os respectivos candidatos apresentem e defendam suas propostas e projetos para o povo. Mais uma vez, parece que o povo estará sendo excluído dos seus direitos, não sabendo o que os espera caso um ou outro seja eleito para comandar o poder público em Ivatuba.


Dessa forma, é complicado decidir em quem votar.

Um colega escreveu para Maringá e eu repito aqui suas palavras para Ivatuba: “Convido aos de má fé, que vão às suas janelas, olhem ao redor, respirem este ar e digam a seus corações se Ivatuba  merece este nível tão rasteiro de tratamento.” (Paulo Vergueiro).

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