A sexta-feira no dia 13 de qualquer mês, é considerada popularmente como um dia de azar. Mas de onde vem essa impressão tão ruim que as pessoas têm desse dia?
É comum, na América do Norte e na
Europa, uma parte da população se comportar de maneira estranha nas sextas-feiras 13. Nesse dia, as pessoas
não entram em aviões, não fazem festas, não se candidatam a empregos, não se
casam e nem começam um novo projeto. Tem pessoas que nem vão trabalhar.
Nos
Estados Unidos, muitos hospitais e hotéis não possuem o 13º andar e algumas companhias
aéreas não têm a 13ª fileira. Já na França, quando existem 13 pessoas à
uma mesa, elas podem contratar um 14ª convidado profissional. Segundo
matéria da revista National Geographic de 2011, nos Estados Unidos cerca de 900
milhões de dólares são perdidos nas sextas-feiras 13, por conta das pessoas que
se recusam a fazer qualquer tipo de negócio nesta data. Lá, aproximadamente
8% da população tem medo da sexta-feira 13.
Esse
medo é denominado de “parasquavedequatriafobia”, que se origina do grego
Paraskeví (sexta-feira) e dekatreís (13).
Essas crenças têm explicações em
diferentes culturas espalhadas ao redor do mundo.
Uma das mais conhecidas
justificativas da maldição da sexta-feira 13, conta que Jesus Cristo foi
perseguido por esta data. Antes de ser crucificado em uma sexta-feira, o Salvador
celebrou uma ceia que contava com treze pessoas ao todo.
Outra explicação sobre essa data
vem da época da consolidação do poder monárquico na França, quando o rei Felipe
IV, sentindo-se ameaçado pelo poder e influência exercidos pela Igreja em seu
país, tentou se filiar à prestigiada ordem religiosa dos Cavaleiros Templários
que, por sua vez, recusou a entrada do rei na corporação. Enfurecido, o rei
teria ordenado a perseguição dos templários na sexta-feira, 13 de outubro de
1307.
De outra parte, a maldição da
sexta-feira 13 refere ao processo de cristianização dos povos bárbaros que
invadiram a Europa na época medieval. Antes de se converterem à fé cristã, os
escandinavos eram politeístas e adoravam Friga, a deusa do amor e da beleza.
Após a conversão, passaram a odiá-la como uma bruxa que, toda sexta-feira, se
reunia com onze feiticeiras e o demônio para rogar pragas contra a humanidade.
Uma outra história nórdica fala
sobre um grande banquete que o Deus Odin realizou com outras doze importantes
divindades. Ofendido por não ter sido convidado para o banquete, Loki, o deus
da discórdia e do fogo, foi à reunião e promoveu uma enorme confusão que
resultou na morte de Balder, uma das mais belas divindades conhecidas. Com
isso, criou-se o mito de que um encontro com treze pessoas sempre termina mal.
Alguns incidentes ocorridos
nessa data:
- Mu, terra de nossos ancestrais, foi destruído em uma sexta-feira 13, e esta seria a origem do medo deste dia, segundo o pseudo-historiador James Churchward.
- 13 de Dezembro de 1968: O governo militar do Brasil decreta o AI-5, que, entre outras coisas, suspendeu direitos e garantias políticas, decretou estado de sítio no Brasil e dava poderes aos militares de fechar o Congresso.
- O pior incêndio de florestas na história da Austrália ocorreu em uma sexta-feira 13 de 1939, onde aproximadamente 20 mil quilômetros de terra foram queimados e 71 pessoas morreram.
- A queda do avião que levava a equipe uruguaia de rúgbi nos Andes foi em uma sexta-feira 13 de 1972. Os acontecimentos neste acidente deram origem ao livro Sobreviventes: a Tragédia dos Andes, de Piers Paul Read, e ao filme Alive (Vivos) de 1993 com direção de Frank Marshall (Resgate Abaixo de Zero).
Mesmo com todas essas histórias
de infortúnios, muitos interpretam essa data com um significado completamente
oposto a tudo que foi explicado acima. Conforme a numerologia, afirmam que o
treze – através da somatória de seus dígitos 1 e 3 – é um numeral próximo ao
quatro, entendido como um forte indício de boa sorte. Além disso, indianos, alguns
estadunidenses e mexicanos associam o número treze à felicidade e ao futuro próspero.
No Brasil, o mais famoso adepto do número 13
é o Zagallo. Ele participou de todas as comissões técnicas das Copas do Mundo,
desde 1970. E, até hoje, se mantém na mídia quando o assunto é seleção
brasileira. Casou-se no dia 13 de junho, dia de Santo Antônio, ao qual é
devoto. Desde então têm esta cisma com o número 13 carregando sua imagem dentro
do bolso sempre. Em sua carreira de jogador de futebol, Zagallo usou a camisa
de número 13. Ele afirmou que o 13 sempre lhe deu muita sorte na vida.
E você, tem medo da sexta-feira
13 ou também acha que é um dia de sorte?
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