A Polícia Civil fechou um banco de ossos clandestino, em Londrina e deteve dois irmãos: Kleber Barroso Cavalca e Carlo Keith Barroso Cavalca que vendiam os ossos diretamente a consultórios de dentistas do Paraná e
enviavam pelos Correios até Santa Catarina, Pará, Mato Grosso, Minas
Gerais e Goiás.
A dentista da Secretaria de Estado da Saúde, Ana Carolina Gonçalves
Pinto, informou que as cabeças de fêmur encontradas geralmente são
retiradas de pessoas ainda vivas. Porém, a forma como era feita a coleta
do material ainda não foi apurada.
O gerente da Vigilância Sanitária de Londrina, Rogério Lampe,
informou que a cena encontrada no Jardim Cláudia era macabra. Soro
fisiológico e liquidificadores, usados para o processamento dos ossos,
estavam ao lado de um vaso sanitário e papel higiênico usado. Quatro
cabeças de fêmur ainda foram encontradas no freezer do apartamento de
Kleber, ao lado de alimentos.
As condições precárias de higiene levantam o alto de risco de
contaminação das pessoas que receberam os enxertos odontológicos,
principal destinação dos tecidos. Elas podem contrair doenças como AIDS,
sífilis e hepatite. Os materiais serão encaminhados ao Laboratório
Central do Estado do Paraná (Lacen) para análise.
O Nucrise continua com as investigações do caso. A intenção é tentar identificar os compradores dos tecidos.
Fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário