Uma criança de oito anos morreu no último sábado (07/09) no Iêmen após a
lua de mel com o marido de 40 anos, informaram nesta segunda-feira (09/09) as agências dpa e
AFP. Segundo os médicos, a menina morreu com ferimentos internos no
útero.
A jovem, chamada Rawan, foi vendida pelo padrasto para um saudita por
cerca de R$ 6 mil, segundo o jornal alemão Der Tagesspiegel. A morte aconteceu na
área tribal de Hardh, na fronteira com a Arábia Saudita.
Ativistas de direitos humanos pressionam para que o saudita e a família
da menina sejam responsabilizados pela morte.
“Após este caso horrível, repetimos nossa exigência para uma lei que
restrinja o casamento para maiores de 18 anos”, afirmou um membro do Centro
Iemenita de Direitos Humanos para a dpa.
A ONG Human Rights Watch, sediada em Nova York, fez um apelo no ano seguinte para que o governo proibisse o casamento de menores de idade no país. Citando dados das Nações Unidas, o Human Rights Watch afirma que cerca de 52% das meninas no Iêmen se casam antes dos 18 anos, e 14% antes dos 15. Muitas delas são forçadas a parar de estudar quando atingem a puberdade.
Há quatro anos, uma lei tentou colocar a idade mínima de 17 anos para o
casamento. No entanto, ela foi rejeitada por parlamentares conservadores, que a
classificaram de “não islâmica”.
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