Em 1822, ano da
Independência do Brasil, nosso país não tinha um exército capaz de controlar
possível invasão espanhola nas províncias do Sul. Portanto, os colonos, naquela
época, serviriam como exército de reserva para proteger nosso território.
Em razão disso, o país passou a oferecer muitas vantagens aos imigrantes que se dispusessem a colonizar o Sul do Brasil: passagens pagas, direito à cidadania, isenção de impostos e direito à posse de uma ou duas colônias de terra (24 ou 48 hectares).
Em razão disso, o país passou a oferecer muitas vantagens aos imigrantes que se dispusessem a colonizar o Sul do Brasil: passagens pagas, direito à cidadania, isenção de impostos e direito à posse de uma ou duas colônias de terra (24 ou 48 hectares).
Assim, o colono foi o
trabalhador rural estrangeiro que veio para o Brasil logo após o fim da
escravidão, no fim do século XIX, início do século XX, para substituir os
escravos nas lavouras, em especial as de café. Eles trabalhavam em regime de
colonato, ou seja, moravam em casas dentro da fazenda, trabalhavam nas lavouras
e recebiam em troca uma parte da colheita ou então podiam cultivar para seu
próprio sustento em certas partes de terra.
Eram trabalhadores
livres que chegavam ao Brasil com o sonho de, com seu trabalho, comprar terras
no país. Sonho este impensável na Europa de então. Mas as condições de contrato
eram regulamentadas por lei e sempre beneficiavam mais os fazendeiros, que os
trabalhadores. Assim, os colonos jamais liquidavam suas dívidas e continuavam
dependendo do fazendeiro. Mesmo assim muitos colonos conquistaram sua
independência e até se tornaram grandes fazendeiros no país.
Em 25 de julho de 1824,
iniciou-se efetivamente a colonização, com a chegada de 39 alemães à Real
Feitoria da Linha Cânhamo, atual cidade de São Leopoldo (RS).
Em 1875, chegaram os
italianos, que se estabeleceram nas serras gaúchas, sobretudo em Caxias do Sul,
e depois se espalharam pelo Brasil, principalmente em São Paulo.
Esses primeiros
imigrantes do século XIX deixaram a Alemanha e a Itália, que não existiam como
países unificados, para tentar melhorar de vida trabalhando na terra fértil e
promissora do Brasil. A decepção foi grande, pois os lotes se achavam cobertos
pela mata, não havia estradas nem infra-estrutura.
Só havia, naquela época,
núcleos de caboclos que, como os índios, sempre foram tratados com descaso pelo
poder econômico, embora sua importância seja relevante no desbravamento de
nossa Terra.
Depois dos alemães e
italianos, vieram grandes levas de japoneses e, em menor número, holandeses,
húngaros, poloneses, ucranianos, espanhóis, turcos, sírios, libaneses, dentre outros
que, juntos, formam o nosso povo.
Hoje, no Sul do país,
onde a imigração foi mais forte, a palavra ainda é usada para os trabalhadores
rurais que tiram da terra seu sustento e para os descendentes dos antigos
colonos.
(O bisavô do Joecir Ampessan, foi um desses colonos. Giacomo Ampezzan, procedente de Cortina D’Ampezzo, Belluno, Itália, nascido em 1837, casado com Anna Maria Zucco Ampezzan, chegou ao Brasil em 06.01.1876, com cinco filhos: Giacoma, Oliva, Vittore, Alessandro e Vicenzo, estabelecendo-se em Caxias, RS. No Brasil, tiveram mais dois filhos: Angelo e Luiggi, avô de Joecir.)
Parabéns aos colonos e descendentes que fizeram do Brasil o que ele é hoje: um dos três gigantes da agricultura (junto com a China e a Índia)!
Fontes:
Livro de Certidões da Paróquia de Fonzaso, Itália.
Cópia do Passaporte de Giacomo Ampezzan.
CERICATO,
J. Datas comemorativas: cívicas e históricas. São Paulo: Paulinas, 2012.
http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=2060
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