sexta-feira, 12 de abril de 2013

100 DIAS DA NOVA ADMINISTRAÇÃO DE IVATUBA - SAÚDE

Em nossa pesquisa sobre os 100 DIAS DA NOVA ADMINISTRAÇÃO DE IVATUBA, conversamos com a Secretária da Saúde, Grazielli Ruiz, que nos repassou as ações/modificações efetuadas pela Secretaria.

1) Algumas pessoas reclamaram do atendimento da recepção do Hospital Municipal, como ficou? Vai ser resolvido isso?
Grazielli Ruiz:  Vai ser feito um treinamento. As professoras de enfermagem do IAP virão para efetuar esse treinamento com todas as enfermeiras, todas as auxiliares de enfermagem, para fazer acolhimento, humanização e triagem. Ou seja, elas vão colocar o paciente para dentro, vão verificar temperatura, pressão, glicemia e oximetria. Vão fazer a avaliação de enfermagem, fazer a classificação de risco e em contrapartida nós estamos instalando o programa de HumanizaSus. 

E isso vai ser feito quando?
Grazielli Ruiz:As meninas da enfermagem já vieram e já fizeram uma primeira reunião na sexta-feira passada, com a Jovita (enfermeira responsável pelo Posto) e com a Vania Ribeiro (Michelle - Diretora Administrativa do Hospital). Ela já pontuou o que elas vão abordar e já estão classificando o público para o treinamento direto. Já está em andamento, na verdade, já começou. 

2) Você acredita que, com isso, vai solucionar o problema lá na recepção do hospital?
Grazielli Ruiz: Na verdade, o que acontece: se eu não tiver uma capacitação para elas, não tem como eu cobrar. Porque é assim: "Ah, eu não atendo bem porque eu não sei como que vocês querem que é pra atender". Agora, a partir do momento que todas elas tiverem a capacitação, desde a recepção até a auxiliar de enfermagem, então eu vou ter como cobrar.  A partir da capacitação, a cobrança vai ser maior. Já existe uma cobrança, só que hoje eu faço isso e a resposta é "Ah, a gente não sabe como é". Então, depois dessa capacitação e da implantação do HumanizaSUS,  não é que vai mudar, TEM QUE MUDAR!

3) Com relação à farmácia, às vezes chega um paciente para ser atendido fora do horário de trabalho da farmacêutica, à noite ou no final de semana, e a farmácia está fechada. Como você pensa em solucionar esse problema? Porque, muitas vezes, o médico atende sábado à noite e fala que o paciente tem que continuar a medicação no domingo, mas a farmácia está fechada.
Grazielli Ruiz: O atendimento eletivo é o que a gente chama de não urgente.  É o atendimento do Posto de Saúde. Então vai ter atendimento de segunda a sexta, das 8 às 17h.  Está sendo montada uma prioridade: 10 consultas serão agendadas, pra mostrar exame, pra pedir receita, que medicamento controlado todo mês o paciente precisa passar e, às vezes, acaba ocupando uma vaga de uma pessoa de urgência. Então essas 10 consultas serão agendadas, exceto na segunda-feira, que é um dia de muita demanda. De terça em diante, o médico vai atender 10 consultas agendadas e mais uma demanda de mais 10 consultas e as emergências. Então ele vai estar fazendo esse atendimento.  

Haverá no Posto de Saúde, uma vez por semana, um pediatra, que vai atender a 10 consultas, também com encaminhamento do clínico geral. Vai haver o atendimento uma vez por mês de um otorrino, que vai atender 20 consultas. Uma vez por mês um psiquiatra que vai atender 20 consultas e um cardiologista que vai atender até 25 consultas. Uma vez por semana um ginecologista vai atender 20 consultas. A maioria desses especialistas vai atender à tarde. A Secretaria está pensando em colocar o cardiologista, otorrino e psiquiatra aos sábados. No dia em que tiver o atendimento desses profissionais, a farmácia ficará aberta.

Dois dias por semana tem atendimento no Jardim Refugio que é das 17 às 19h, onde são atendidas 14 consultas e mais duas emergências. No mesmo dia, estamos querendo "casar" o horário do trabalhador aqui em Ivatuba e o atendimento seria das 19h às 21h, duas vezes na semana. Quem vai assumir esses dias é o Dr. Daniel.  Nesse horário do trabalhador, a farmácia também ficará aberta.

Então, as consultas que terão no hospital serão emergências e são tratadas com medicamento injetável e esse tipo de medicamento não falta no hospital. Para os casos que as pessoas não podem interromper o tratamento, tem medicação oral no hospital. A própria farmacêutica do posto tem que repor a medicação no hospital. Esses medicamentos, como antibióticos, remédio para febre, isso tem que ter um estoque mínimo no hospital.

4) Com relação à Dengue, como está isso? Porque, pelo Relatório Estadual, aumentou o número de casos em Ivatuba; na semana passada eu vi e tinha 91 casos, nesta semana aumentou para 106. 
Grazielli Ruiz: Na verdade, o relatório aumentou por questão de alimentação do sistema. Não é que aumentaram as notificações nesta semana, o que aumentou foi a alimentação dos dados no sistema.  Como é mudança de gestão nós encontramos um quadro na secretaria  assim: computador sem informação nenhuma, armários vazios, também sem informação alguma e lá no Posto de Saúde, não foi muito diferente.  Então, tivemos que correr atrás do prejuízo.  Eu tive que ir buscar informação na Regional de Saúde por diversas vezes, eles me "emprestaram" o Plano Municipal de Saúde que estava lá, pra eu poder "xerocar" e passar para o computador.  A Jovita também está indo na Regional, pelo menos 3 vezes por semana para aprender como alimentar o sistema e ela não conseguiu lançar no sistema os dados da Dengue. Nós estamos com o déficit de uma pessoa para fazer essa parte de digitação lá no Posto, que ela já solicitou e estamos vendo um estagiário para trabalhar com ela lá.  Os casos de Dengue diminuiram 90%  e por ter diminuído tudo isso, o que ela notificava, por exemplo, 10 por dia, hoje ela notifica um ou dois. E sobrou mais tempo para ela poder lançar no sistema.  Então, aumentou no relatório, porque quando diminuiu o trabalho dela aqui (de lançar todas as informações que estavam faltando no sistema) ela pôde lançar de uma vez todas as notificações no sistema.   Porque eles só conseguem enxergar lá no Ministério da Saúde, conforme a gente alimenta aqui. E como ela tinha que fazer o trabalho de reposição das informações no sistema, não sobrava tempo pra ela lançar.

5) Então você acha que, com as ações que vocês fizeram, resolveu grande parte do problema da Dengue? 
Grazielli Ruiz: Grande parte. Mas não todo. Porque agora nós começamos um outro trabalho. Durante os oito ciclos de venenos que foram feitos na cidade toda - incluindo Jardim Refúgio e Vila Rural - no intervalo de dois dias, era passado o veneno e dali a dois dias retornava, passando novamente. Como não tínhamos pessoal para isso, fizemos uma contratação de emergência. Em contrapartida, os quintais ficaram a descoberto. Então, agora começa esse trabalho, de entrar quintal por quintal e buscar criadouros, porque a chuva não parou. 

6) As caixas d'água foram verificadas? Porque as externas, tudo bem, a gente lembra de verificar, mas e as internas que, muitas vezes a gente pensa que não tem problema e por estarem "escondidas" podem também ter criadouros.    
Grazielli Ruiz: Das casas não, só de prédios públicos. Porque não tem como entrarem casa por casa. 

Mas vocês podem chegar nas casas e solicitar que eles façam esse trabalho por láo que  é muito importante pois pode ter um foco lá em cima. Porque eu acho que isso está passando batido e a população não está se dando conta disso. 
Grazielli Ruiz: Mas foi panfletado na cidade inteira, duas vezes. 

Sim, mas como as pessoas têm as caixas d'água dentro de casa, alguns acham que não acontece e eles não verificam. Nem se lembram disso. Eu mesma não lembrei. A gente não se dá conta de que a caixa d'água está dentro de casa e pode acontecer de haver um foco ali. Então, acho que seria uma coisa que vocês teriam que "dar um toque" também. Porque nas calhas, já aconteceu, então todo mundo já foi lá e verificou. Mas as caixas ficam dentro de casa e as pessoas nem sempre se lembram delas. 
Grazielli Ruiz: Realmente, as caixas ficam lá dentro e pode acontecer. 

7) Voltando aos horários de atendimento médico, o povo vai ser avisado disso antecipadamente? 
Grazielli Ruiz: Vai ser montado um quadro e vai ficar fixado no Posto, no Hospital e no Departamento de Saúde. (eu solicitei uma cópia do quadro para colocar no blog assim que ficar pronto).

8) Com relação às especialidades, como vai ser o atendimento? Uma pessoa virá hoje, outra amanhã, o médico vai ver na hora, ou vão ser reunidas diversas pessoas para o atendimento de especialidades? Se houver 15 pessoas, ele vai atender...e se houver uma emergência, fora desse dia de atendimento?
Grazielli Ruiz:  O clínico geral passa os pacientes para o especialista durante o período e, no dia do atendimento, ele atenderá quantas pessoas estiverem marcadas, até o limite semanal/mensal. Numa emergência, o paciente é encaminhado para o consultório do médico, em Maringá ou encaminhado pelo CISAMUSEP.   

9) E os exames? Algumas pessoas têm reclamado que exames desapareceram. O que você tem a falar sobre isso?
Grazielli Ruiz: Estão sendo liberados normalmente. Exames e consultas especializadas não passam de uma semana agora. Não temos filas de nada. A única fila que temos agora é quando o paciente não tem o documento. Por exemplo, o cartão SUS. Não conseguimos agendar nada sem o cartão.   Quanto aos exames que dizem ter desaparecido, ocorreu que, na troca de gestão, percebeu-se que alguns exames que as pessoas trouxeram no ano passado não foram encontrados nos arquivos deixados na Saúde. (Infelizmente, isso ocorreu com quase todas as infomações, como já citado acima - grifo nosso).  A partir dessa gestão, o exame já está sendo colocado direto no agendamento e a data marcada para as providências, sem filas.

10) E cirurgias?
Grazielli Ruiz: Cirurgia Vascular está sendo feita pelo CISAMUSEP. As cirurgias normalmente saem através de pactuação de AIH (Autorização de Internação Hospitalar). Então, quando eu entrei não havia nenhum papel sobre a pactuação e não sabíamos quantas tinham, onde tinham pactuadas. Eu fui à Regional de Saúde buscar essas informações.  Eu tenho algumas AIHs pactuadas em lugares que são bons e outros que não vão dar muita resolutividade, eu perguntei na Regional se havia como mudar isso e eles responderam que, para agora, não!  Só que temos também pactuações boas de Maringá e por essas pactuações, eu consigo mandar cirurgias.  

O paciente é encaminhado pelo CISAMUSEP, faz todos os exames pré-operatórios e conseguimos encaminhá-lo para os hospitais de Maringá. Além disso, existem campanhas de cirurgias que a Regional solta, como, por exemplo, de Catarata, onde é levantado o público que necessita e manda todos para fazer de uma vez só.  Fora esses tipos, temos que entrar via Sisreg (Sistema de Regulação) que é um sistema próprio da Secretaria de Estado. Além disso, estamos tentando fazer um credenciamento com o Hospital Metropolitano para fazer cirurgia geral.  Estamos aguardando o orçamento e, se der certo, vamos credenciar o cirurgião e provavelmente, vamos ficar sem fila de cirurgia também muito em breve.

11) Vocês têm intenção de instalar uma máquina de Radiografia no Hospital Municipal?
Grazielli Ruiz:  Não, porque sai mais barato mandar pra fazer em Maringá, do que manter uma máquina, o profissional, adequar o ambiente, pois o fluxo de traumatologia não é tão grande assim. Seria viável se as quatro cidades, por exemplo, Dr. Camargo, Ivatuba, Floresta e Itambé fizessem um convênio e o fluxo viesse para cá. Eu acho que o Dr. Robson já conversou sobre isso com o prefeito Sergio, de Dr. Camargo. 

A  Secretária Grazielli Ruiz informa a toda a população que existe uma Ouvidoria do SUS em Ivatuba e qualquer problema/reclamação/sugestão deve ser comunicado à essa ouvidoria. O número da Ouvidoria é 3273.1572, com a Maria Luiza Dandolini ou poderá ser comunicado diretamente ao Departamento de Saúde.

Segundo pudemos observar, as coisas foram organizadas, estão sendo encaminhadas e esperamos que sejam solucionados os problemas que porventura apareceram.

Entretanto, é preciso que a população colabore consigo mesma e se conscientize de que não adianta ficar reclamando nas ruas sobre o atendimento, a falta disso ou daquilo, sem falar diretamente com os responsáveis pelas áreas. A Ouvidoria é justamente para isso. Para que sejam protocoladas as reclamações, cheguem até os respectivos responsáveis e sejam solucionadas o mais rapidamente possível.  

Sem isso, torna-se praticamente impossível melhorar a qualidade no atendimento da Saúde, bem como de todos os demais setores públicos.

Reportando-me a esse assunto, quando entrevistei o Dr. Robson na Prefeitura, ele me apresentou uma agenda onde anota todos os tipos de reclamações, sugestões, problemas que chegam até ele e vai cobrando os responsáveis todos os dias sobre a resolução dessas situações. 

Então, já respondendo diretamente a um leitor que comentou sobre isso, eu acho que é, sim, a melhor solução: protocolar as reclamações/sugestões/problemas na prefeitura, porque, só assim, se terá a certeza de que "chegou" às mãos do Prefeito. Caso contrário, não teremos como cobrar dele, ou dos responsáveis, as soluções

10 comentários:

  1. Anônimo(a) das 23:50, essas são acusações muito graves e precisam ser investigadas, mas sem nomes e sem provas, não posso fazer nada, nem mesmo publicar aqui. Se você conseguir as provas e me falar o seu nome, posso repassar isso para o Ministério Público. Obrigada por comentar.

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  2. Acredito que a Grazi está fazendo muito e trabalhando sério sem falcatruas que outras pessoas (com inveja) tentam inventar para prejudicar até sua vida pessoal, mas o fato é que ela está dando conta e trabalhando LIMPO, mesmo com a secretaria deixada sem nada pela gestão passada que estava com medo e achou que isso impediria alguem d etrabalhar, mas quem trabalha nao se intimida, parabens Fatima pela entrevista, Parabens Grazi pelo ótimo trabalho.

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  3. Otima entrevista Fátima e Grazi, muito bom saber que virão médicos especialistas, fiquei muito contente. Achei muito importante publicar isso, porque graças a DEUS, quase não vou ao posto e nem ao hospital, então a gente nem fica sabendo. Parabéns a saude de Ivatuba.E que DEUS de muito força a Grazi para que ela possa vencer e superar todos os obstáculos.

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  4. Trabalhando muito.... ou copiando o que os outros secretarios fizeram, atè agora nada de novo.....olhem pra frente,mostrem trabalho.

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  5. GENTE SOCORRO , ESSA NÃO A REALIDADE, A HORA QUE AFUNDAR , VCS VAO O QUE TUDO ESCONDEM.A SAUDE ESTA CAOTICA.

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  6. meu DEUS a saude nao esta como mencionado acima, gente ta todo mundo reclamando, e pior reclamando da mesma coisa.
    agora vai essa administraçao esperando protocolo, vai vai vai esperando que quando vcs verem o tamanho do problema vai ser tarde,
    eles na vdd deveriam fazer uma pesquisa na cidade... CAIXA DE SUGESTOES E RECLAMAÇOES EM TODOS OS SETORES, AI QUEM SABE SERIA MAIS FACIL CHEGAR AOS FATOS.

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  7. fala serio porque somos impedidos de falar com a secretaria de saude quando ha procuramos no departamento?ela não nos atente está sempre ocupada a cc que atende a gente diz que vai resolver,poque ela faz isso com a gente e ainda com arrogancia prepotente ve isso por favor agora quanto a Luiza ouvido do sus ela é ótima bem escolhida parabéns ma vc scretaria de saude verifica o que ta acontecendo que vc não nos atende.

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  8. kd o prefeito que não participa de nad anos fins de semana pq será heim?? eu respondo fazendo plantoes medicos por ai...ate conseguir pegar o caixa 2 da prefeitura depois ele não precisa ir trabalahr mais pelas cidades vizinhas e se vc quer prova saia por ai e leve sua maquina para fotografar FAZER A COBERTURA DO PLANTÃO DELE.. KKKKKKKKKK

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