domingo, 19 de maio de 2013

Piadas homofóbicas/machistas em sala de aula: aluno dá lição em professor!

Notícia no Blog do Rigon hoje:

"Um aluno do Colégio Anglo em Maringá, incomodado com a quantidade de piadas machistas e homofóbicas que os docentes proferem em sala de aula, encaminhou correspondência à direção pedagógica do estabelecimento, com cópia ao Núcleo Regional de Educação. 
Escreveu: 

“Hoje pela manhã, mais uma vez, tive o desprazer de escutar a mais uma piada extremamente homofóbica em sala de aula (CM). Esta não é a primeira vez que ouço piadas de cunho homofóbico ou machista em sala de aula. Não vou me referir ao nome do docente por razões óbvias. Quero salientar que este tipo de “discurso docente” (piadas e brincadeiras) que manifesta qualquer intolerância com negros, homossexuais, mulheres, indígenas e pessoas menos favorecidas não pode ser proferido por membros de um estabelecimento de ensino que se postula educar a juventude para a vida e para o mercado de trabalho. A prática docente é decisiva em fortalecer ou estigmatizar aspectos positivos ou negativos da formação adolescente, seja por meio da identificação, dos conteúdos ou das práticas cotidianas. Este tipo de discurso incentiva a intolerância, segrega alunos em sala de aula, e pior, em longo prazo corrobora para a manutenção da violência.

Vivemos em um país em que os negros têm 119% mais chances de ser assassinados em relação aos brancos, que a cada 2 minutos uma mulher é espancada e que está no 1º lugar mundial do ranking de assassinatos de homossexuais. São dados amplamente divulgados pela SDH do Governo Federal. Alguns docentes do Colégio Anglo em Maringá ao invés de combaterem este quadro e educarem a juventude, fazem piada com questões de tamanha gravidade. Como não é a primeira vez que escuto essas barbaridades em sala de aula, sugiro ao corpo pedagógico do estabelecimento de ensino que desenvolva um projeto de capacitação e de formação de seu quadro docente, e que oriente seus estudantes à convivência saudável com as diferenças, para que as gerações futuras não sejam tão perversas ao ponto de “atear fogo num indígena” ou “espancar uma doméstica”. Triste é saber que aqueles que outrora cometeram tamanha perversidade tiveram a “oportunidade de estudar nos melhores colégios”."

Professores, Coordenadores e Diretores atentem para isso!



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