terça-feira, 28 de maio de 2013

QUE TAL, PARA VARIAR, ALGUMA NOTÍCIA BOA?



Um assunto para você pensar quando estiver naquela de “ninguém-presta-neste-mundo”?

Aqui está uma frase que se ouve a todo o instante: “Não se pode mais confiar em ninguém!” Os médicos são mercenários, os políticos são venais e corruptos, todos interessados apenas nos rendimentos, sem ligar a mínima para a sua saúde ou para o seu futuro!

Nem sempre é assim.

Um homem chamado Steven Brill resolveu testar essa teoria, em Nova York, usando como cobaias os motoristas de táxi da cidade.

Apresentou-se bem vestido, como um estrangeiro recém chegado à cidade que mal sabia falar inglês e entrou em dúzias e dúzias de táxis, querendo descobrir quantos motoristas tentariam enganá-lo.

Chegou à constatação de que apenas um motorista, dos 37 táxis nos quais embarcou, não foi honesto. A maioria levou-o diretamente ao local onde queria ir, sem lhe cobrar um vintém além da tabela. Vários recusaram-se a transportá-lo quando a corrida era curta demais e houve até os que saíram do carro para mostrar-lhe que estava a um ou dois quarteirões de onde queria ir.

A grande ironia da experiência foi que vários motoristas lhe disseram que tomasse cuidado, pois a cidade de Nova York estava cheia de bandidos.

Você, sem dúvida, continuará a ouvir histórias de corrupção, de charlatanismo – policiais que mentem ou aceitam suborno, médicos que prometem curar sem nada saber de medicina.

Não se deixe enganar.

Os jornais precisam de notícias e estes casos são notícia justamente porque constituem a exceção à regra. Parece, a julgar pela experiência de Steven Brill, que é possível confiar em muito mais gente do que se imagina.

Uma recente pesquisa de opinião indicava que setenta por cento das pessoas consultadas acreditavam firmemente que, na maioria das vezes, se pode antes confiar que desconfiar da maioria das pessoas.

Por que, então, dizer que “ninguém presta”? Que conversa é essa?

(Robert Fulghum)

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