sábado, 4 de maio de 2013

UM ALERTA: o câncer de mama não é uma fita rosa!


O fotrógrafo David Jay, fez um projeto para o SCAR Project que mostra que o câncer de mama exige mais seriedade que uma fita rosa e que o encanto feminino é superior ao sofrimento.

Fotógrafo acostumado com moda há 15 anos, David Jay apresenta outra visão da beleza feminina: sem idealizações, sem as construções materiais que amoda implica, sema urgência que nos é imposta. Num primeiro momento, as fotos do projeto podem causar diversas reações entre os que se revoltam e argumentam que não há beleza na dor, que isso é exploração. Mas há que se dar a chance de as imagens falarem mais do que o superficial. Há, sim, beleza na dor, mas não a beleza massificada de todos os dias: há o encanto inerente à condição humana, na sua total fragilidade.

Tudo começou quando Jay viu uma amiga de apenas 29 anos ter que passar por uma cirurgia mastectômica, que consiste em retirar completamente a mama e é um dos possíveis tratamentos para o câncer. Segundo David, essa foi a maneira que ele encontrou de confrontar e aceitar a situação. Daí em diante, várias mulheres foram fotografadas pelas suas lentes.

De acordo com o fotógrafo, o objetivo do projeto é o mesmo de outras campanhas: o de alertar mulheres para o perigo do câncer de mama. Porém, são dois os grandes diferenciais: o primeiro é o público alvo, que é o de mulheres jovens; o segundo é a honestidade com que ele procura mostrar a doença.

Para Jay, as campanhas de combate ao câncer acabam não alertando para o real perigo, escondidas atrás de laços rosa e propagandas “fofas”. Seu objetivo vem na contramão dessa ideia, nas suas palavras: “Eu não vou mostrar apenas metade da história - que tudo vai ficar bem e essas meninas têm câncer de mama, mas irão continuar com suas vidas - porque esse não é o caso. Eu gostaria que fosse o caso, mas a realidade é que algumas dessas meninas estão morrendo e é importante ter a sua história, mas também porque essa é a realidade da doença.”

Ele ainda argumenta que em uma análise mais demorada é possível perceber que as imagens não são estritamente sobre o câncer de mama, mas sim sobre autoaceitação, compaixão, amor e humanidade. O fotógrafo complementa: “Trata-se de aceitar tudo que a vida nos oferece... toda a beleza... todo o sofrimento também... com graça, coragem, empatia e compreensão. "

Confira.

















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