segunda-feira, 13 de maio de 2013

EDUCAÇÃO: "Avaliação pobre conduz à aprendizagem pobre"

 
Autor de 63 livros sobre educação, o espanhol Miguel Santos Guerra, de 62 anos, é referência quando o assunto é organização do sistema de ensino e avaliação escolar.
Uma de suas principais teses é a de que se a avaliação dos alunos é feita de maneira pobre, a aprendizagem também será comprometida. Para Guerra, as provas não podem servir apenas para mensurar o conteúdo absorvido. Elas devem ser, sobretudo, ferramentas para facilitar a compreensão do conteúdo e melhorar a qualidade do ensino. Professor da Universidade de Málaga e membro da Comissão de Avaliação do Sistema de Ensino de Andaluzia, região no extremo Sul da Espanha, Guerra estará no Brasil no dia 22 de maio. Ele participará da 20ª edição da feira Educar/ Educador, que será realizada na capital paulista. 

Em entrevista ao site de VEJA, ele antecipa os tópicos que serão abordados no evento e ressalta que há algo muito errado na forma como as avaliações educacionais são conduzidas hoje: "A avaliação é vista como um sistema de verificação, comparação, classificação, hierarquização e controle. Na verdade, deveria ser o oposto: um processo de diálogo, entendimento, aprendizagem, melhoria e motivação".

O professor Miguel Santos Guerra afirma: "A avaliação ideal deve agregar uma série de características. São elas: qualitativa, mais voltada à compreensão do aprendizado dos alunos, do que à sua medição; processual, que não verifica somente os resultados do processo de aprendizagem, mas também os meios utilizados para se chegar a eles; continuada, que é realizada ao longo do processo de ensino e não apenas no final da etapa de aprendizagem; e rica e diversificada, ou seja, que não prioriza tarefas intelectuais pobres, como a memorização. Testes de múltipla escolha devem ser evitados também, já que não permitem ao aluno discutir, analisar ou mesmo expor seu ponto de vista sobre o assunto em questão. A avaliação não pode servir como ferramenta para desanimar ou constranger a escola que obtiver um desempenho ruim. Ao contrário, precisa ser utilizada para incentivá-la a progredir e sanar suas deficiências." 

Confira a entrevista AQUI.




Currículo do Prof. Miguel Santos Guerra
Doutor em Ciências da Educação. Formado em Psicologia e em Cinematografia. Professor de Educação e Organização Escolar. Pesquisador e Diretor do grupo de pesquisa na área de Ciências Humanas da Andaluzia. Conferencista em Universidades e Instituições de ensino em Portugal, México, Venezuela, Bolívia, Chile, Colômbia, Brasil, Costa Rica, Cuba, Argentina e Inglaterra. Membro da Comissão de Avaliação do sistema de ensino de Andaluzia. Padrinho e pedagogo em uma escola em El Sosneado (Província de San Rafael, Argentina), de Aprem (San Pedro de Jujuy) e da Escola “Aprenda a pensar e viver” (Bombal, Argentina). Diretor de coleções de livros sobre educação em várias editoras. Orientador Educacional em várias revistas especializadas. Autor de artigos acadêmicos e de livros com foco especialmente em organização, de avaliação, de gênero, participação e formação de professores.


Fonte:
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/avaliacao-pobre-conduz-a-aprendizagem-pobre

Um comentário:

  1. Senhorita Fátima, parabéns pela sua iniciativa em escrever e trazer textos à comunidade de Ivatuba. Enquanto muitas mulheres que poderiam contribuir mais à cidade, nada fazem, parabéns por ser referência.E às outras mulheres, despertem para a vida social. até. assinado BRUTUS

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