domingo, 14 de julho de 2013

REGIÃO DE MARINGÁ PERDE 29% DOS LEITOS DO SUS EM 7 ANOS

Em 7 anos, a nossa região perdeu 29% dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) - caiu de 923 para 658 - nos 29 municípios vizinhos a Maringá.
 
Para secretários de saúde, parte dos problemas está ligada à falta de dinheiro das prefeituras para manter hospitais. O resultado é a sobrecarga do sistema na cidade polo, que não dá conta da demanda de pacientes vindos de todos os lados.

Entre as 30 cidades que compõem a Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), que tem Maringá como sede, há 1.425 leitos do SUS – considerando-se aqueles destinados a internação e serviços complementares. Em 2006, havia 1.644, o que representa uma queda de 15%.

Com o fechamento dos hospitais de Marialva e Paiçandu, a redução ficou ainda mais acentuada. Outro hospital que está em vias de fechar é o de Atalaia, que é planejado pela prefeitura para virar um pronto-atendimento.

Em Maringá, houve uma alta de 6,8% em 7 anos, o que representa aumento de 46 leitos, mas foram  fechados 265 leitos nos municípios vizinhos.

Essa medida não soa muito popular, entretanto, parece haver uma tendência a isso. Hospitais pequenos são mais caros para o sistema, pois quanto mais leitos, mais diluídos ficam os custos operacionais, como gastos com lavanderia ou setor administrativo.

Um dos estudiosos no setor, o ex- consultor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Eugênio Vilaça, vai nessa linha. No livro "As Redes de Atenção à Saúde", Vilaça cita que a Alemanha fechou 7% dos leitos entre 1991 e 1999.

Não foi só lá: segundo ele, a Inglaterra e a Irlanda fecharam um terço de seus hospitais entre 1980 e 1990, a Bélgica definiu por lei que os hospitais devem ter, pelo menos, 150 leitos, na Dinamarca houve fusões de unidades, e na França um plano estratégico previu a redução de 4,7% dos leitos.

Na minha modesta opinião, acho isso totalmente equivocado, pois há verbas do governo federal investidas - ou a investir - na saúde.  Então, quanto mais perto do povo - os hospitais das cidades pequenas - melhor será o atendimento pois a população estará de olho nisso.



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