Nesta segunda (09), infelizmente, tivemos mais um caso de
suicídio de uma pessoa famosa: Champignon, o baixista da banda Charlie Brown Jr. e algumas
pessoas me questionaram sobre o que acontece com o suicida, após a morte, se
realmente há vida depois dela.
Embora o assunto seja extenso para um
blog, tentarei passar o que aprendi a respeito, conforme a Doutrina Espírita.
Primeiro, gostaria de dizer que não
existe nada, em nosso Planeta Azul, que justifique um suicídio. Por maior que pareça
o problema pelo qual passamos. Para aqueles que acham que isso é uma solução,
ou uma fuga das dificuldades, lamento desapontar, apenas sairão do corpo
carnal, mas não conseguirão fugir da vida e nem dos problemas que nos
acompanharão pela eternidade, se não fizermos nada para mudar isso.
Cada um de nós tivemos dia, hora e local,
para nascer e também teremos dia, hora e local, para morrer. Todos nós viemos
para cá por algum motivo, por alguma tarefa a desempenhar, por alguns
compromissos assumidos para nossa evolução espiritual. Todos os problemas e
dificuldades que enfrentamos foram solicitados por nós mesmos e vão depender do
nosso esforço, da nossa dedicação e da coragem na hora de resistir às
tentações, diante de todas as crises pelas quais iremos passar. Caso não
vençamos, retornaremos em outras vidas para terminar o que começamos.
Sim, haverá crises, inúmeras delas.
Quando pensamos que já passamos por tudo, vem mais uma, até pior do que a
anterior. Entretanto, isso é natural, porque já vencemos algumas e criamos mais
forças para vencer outras. E, acredite, nós conseguimos se nos
empenharmos!
O que acontece é que, muitas vezes,
pessoas que nos amam tentam amenizar as crises e acabam por fazer aquilo que
o homem, às vezes, faz para a lagarta: abrem o casulo antes do tempo e ela não
consegue completar o ciclo e voar! O homem, em sua gentileza e vontade de
ajudar, não compreende que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta
para passar através da pequena abertura,é a forma com que Deus faz o fluido do
corpo da borboleta ir para as suas asas, de modo que ela fique pronta para
voar.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossas vidas. Se Deus nos permitisse passar pela vida sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria deficientes espiritual e emocionalmente. Nós nunca seríamos capazes de voar. Nós não seríamos tão fortes como poderíamos ter sido. As crises e dificuldades da vida são para aperfeiçoarmos nossos espíritos.
Quanto ao suicídio, aborto, e outras
tentações, as pessoas têm livre-arbítrio para decidir, entretanto, o
livre-arbítrio também tem limite e ele começa exatamente quando vai de encontro
aos desígnios Daquele que tudo pode: nosso Criador!
A esse respeito, o Livro dos Espíritos relata:
944
O homem tem o direito de dispor de sua própria vida?
–
Não, apenas Deus tem esse direito. O suicídio voluntário é uma transgressão
dessa lei.
946 O que pensar do suicida que tem por objetivo escapar das misérias e decepções deste mundo?
–
Pobres Espíritos, que não têm coragem de suportar as misérias da existência!
Deus ajuda aqueles que sofrem, e não aos que não têm força nem coragem. As
aflições da vida são provas ou expiações; felizes aqueles que as suportam sem
queixas, porque serão recompensados! [...]
950 O que pensar daquele que tira a própria vida na esperança de atingir mais cedo uma vida melhor?
–
Outra loucura! Se fizer o bem a atingirá mais cedo. Pelo suicídio retarda sua
entrada num mundo melhor, e ele mesmo pedirá para vir terminar essa vida que
encurtou por uma falsa idéia. Um erro, seja qual for, nunca abre o santuário
dos eleitos.
O Livro
dos Espíritos deixa muito claro que o suicídio nunca é a saída para nenhum
tipo de problema. Não resolve nenhuma situação, não afasta mal algum e só piora
a situação que o suicida queria resolver ao suicidar-se. Se queria fugir
do sofrimento, sentirá as mesmas dores, no mundo espiritual, agravadas por mais
aquelas dores causadas pelo tipo de suicídio que optou: tiro, enforcamento,
envenenamento, dentre outros, e que sentirá por muito tempo no plano
espiritual. E o sofrimento aumenta ao ver que não conseguiu acabar com a sua
existência, constatando que terá que continuar sofrendo - e agora mais ainda -
pois cometeu outra grande falta.
Se, com esse gesto, pretendia reencontrar
um ente querido, demorará mais ainda a vê-lo, ficando afastado deste no plano
espiritual. Isso lhe será imposto como castigo, por ter antecipado a própria
morte, mostrando desprezo pelo bem supremo que Deus lhe deu - a vida corpórea -
meio necessário a tantos aprendizados e tarefas da maior importância.
Portanto, tentar se matar para apagar a sua existência é
tolice. O suicida é, sem dúvida, o ser
que mais sofre após a morte. O corpo morre, se decompõe na terra, mas você
continua vivo. O que dá a vida ao seu corpo é justamente o espírito que anima a
matéria.
A morte não é um processo automático, precisa de um tempo
para que o espírito se liberte do corpo, deixe de sentir as impressões do
corpo, por isso dizem que a melhor forma de morrer é através da velhice quando
ocorre o falecimento gradativo dos órgãos e o desligamento gradativo do
espírito.
Com o suicida, acontece o contrário, não existe o
desligamento do espírito do corpo. Se ele deu um tiro na cabeça, vai sentir a
dor terrível do tiro e continua sentindo a dor e os efeitos do tiro depois de
morto. Se ele pulou de um abismo, vai continuar sentindo as dores do corpo
quebrado depois do impacto. Quando perceber que não existe a morte e que ele
continua vivo, pensando, sentindo, enxergando, fica desesperado e bate a
loucura.
Muitos suicidas sentem seus corpos se decompondo. Após um longo
e sofrido desprendimento da matéria em decomposição, geralmente o suicida é atraído para um local - relatado em muitos livros psicografados como “Vale dos
Suicidas”. Ou seja, os suicidas são
atraídos para os locais cheios de pessoas que também cometeram suicídios pois
ali existe uma compatibilidade de pensamentos e sentimentos, exatamente como
ocorre materialmente, nas redes sociais reais ou virtuais.
Imaginem como seria um local com milhares de suicidas com o
coração cheio de remorso, vingança, raiva, medo e dor. É um lugar que
poderíamos denominar de “inferno”.
Mas, mesmo os suicidas, um dia terão
auxílio divino. A Justiça Divina leva em conta, sempre, as circunstâncias do
suicídio, as motivações íntimas do suicida, todas as causas remotas e
próximas... Cada um será julgado de acordo com tudo isso e receberá auxílio no
devido tempo.
E eles só receberão ajuda quando realmente
quiserem ser ajudados, da mesma forma que aqui, pessoas viciadas só recebem
ajuda quando querem ser ajudadas. Você só recupera um drogado se ele desejar
sair da droga. Você só recupera uma pessoa vingativa, se ela estiver
verdadeiramente disposta a perdoar. Ninguém cura um fumante à força.
Legiões de bons espíritos caminham por esses lugares
procurando pessoas que estejam prontas para receber ajuda. Infelizmente, o
suicida não é uma pessoa que gosta de pedir ajuda, senão não teria se
suicidado. Tirar um suicida de lá só será possível quando ele conseguir
eliminar todos os sentimentos negativos que o fazem ficar em sintonia com esse
lugar, pois ele fica tão imerso nessa negatividade e egoísmo que não consegue
ver e aceitar qualquer ajuda.
Há, sem dúvida, agravantes e atenuantes,
no exame do suicídio. Eliminam, no mundo espiritual com muito sofrimento o ônus
da atitude desequilibrante e quando retornarem à Terra em novas reencarnações
terão que passar, por expiações aflitivas, conforme o tipo de suicídio. Cada
caso é um caso.
Joanna de Ângelis no livro "Após a
Tempestade" relata algumas dessas consequências: aqueles que esfacelam o
crânio, reencarnam com a idiotia, surdez-mudez, conforme a parte do cérebro
afetada; os que tentaram o enforcamento, reaparecem, com os processos da
paraplegia infantil; os afogados com enfisema pulmonar; os que deram tiros no
coração, com cardiopatias congênitas irreversíveis; os que se utilizam de
tóxicos e venenos, sofrem sob o tormento das deformações congênitas, úlceras
gástricas e cânceres, dentre muitas outras consequências (embora, nem sempre essas doenças e deficiências sejam decorrentes de suicídios).
Trata-se de um ato que põe fim
antecipado a uma existência que, como todas as outras, estava destinada a
provações e expiações, a crescimento e aprendizado, a tentar, errar, aprender,
ajudar ao próximo e a si mesmo... Daí a sua essência infeliz.
Geralmente, o suicida se
arrepende muito e se culpa pelo ocorrido. Assim, ele precisa primeiro se
perdoar pelo erro cometido. Precisa perdoar as pessoas envolvidas. Precisa
tirar do coração a raiva que possa ter de alguém ou qualquer sentimento de vingança.
E precisa ter humildade para pedir ajuda. As nossas orações ajudam muito nisso.
Seja você parente, amigo ou
colega de um suicida, ou seja você alguém que um dia já pensou ou pensa em
tirar a própria vida, não desanime e não perca sua fé jamais! Confie em Deus,
ore sempre e Ele lhe dará, imediatamente, o amparo e a luz de que você
precisar. O Pai sempre ouve o filho que ora!
Ore livremente, com o seu coração
e com suas próprias palavras. O seu sentimento verdadeiro é o mais importante!
Deixo aqui um alerta:
"Grande parte das pessoas que
pensam em cometer suicídio possuem uma doença física e podem ser facilmente
tratadas. Muitas destas pessoas não sabem que possuem este desejo por sofrerem
de depressão, transtornos de humor, transtornos mentais. A falta de um simples
medicamento ou o mau uso de alguma substância como cafeína, drogas, bebidas,
remédios pode levar ao desejo de cometer o suicídio. Desta forma é fundamental
que a pessoa procure ajuda médica. Procure a ajuda de um médico psiquiatra ou
faça uma consulta a um médico e inicie um tratamento, sua vida pode mudar para
melhor de um dia para o outro."
Fontes:
Memórias de um suicida
http://paradigmaespirita.blogspot.com.br/2010/06/o-que-acontece-com-o-suicida.html
http://espacoespiritual.wordpress.com/2011/09/18/o-suicidio-e-o-espiritismo/
http://paradigmaespirita.blogspot.com.br/2010/06/o-que-acontece-com-o-suicida.html
http://espacoespiritual.wordpress.com/2011/09/18/o-suicidio-e-o-espiritismo/
Olá eu Não concordo que seja Deus apenas tem o direito de dispor de nossa própria vida, se existe o livre arbítrio, temos então, também o direito de escolher, viver ou morrer, ja que existe vida após a morte, então o suicídio, (que não sei pq um nome tão forte assim,) é a passagem mais breve de encurtarmos nossa missão em busca das novas missões, em busca de um conforto mental, espiritual e social, acho que vale a pena tentarmos sempre e sempre, em busca de um estado melhor, se ha livre abítrio que façamos o que nos desrespeitar aa nós mesmos. Eu ja estou fazendo a minha parte e logo logo, irei conhecer o outro lado da vida! Obrigado pela atenção
ResponderExcluireu sei que é um pecado, mais vou cometer espero que Deus me perdoe pois eu nao tenho mais forças para sobreviver, nao aguento mais ficar em casa.
ResponderExcluirja orei muito a Deus pra ele me perdoar, quero muito encontrar meus pais no céu e poder abraçalos, pedi a Deus perdão por todos os meus pecados e espero nao ir para o inferno!!
Não concordo com isso. Há um livre arbítrio sim, mas a gente terá que dar conta disso lá quando voltarmos. Quanto ao "pecado", Deus perdoa sim, quem não perdoa somos nós mesmos. Sempre teremos forçar para sobreviver, seja a que for. Deus nos dá essa força, sempre. Ele nunca nos abandona. Nós mesmos nos abandonamos quando desistimos da vida. Sempre há alguma coisa a ser feita, sempre há alguma esperança, sempre há janelas abertas quando há portas fechadas. É nisso que temos que pensar e nos agarrar. Acredite, dá certo. Se precisar conversar, to aqui. Entre em contato comigo pelo email do blog me passando o seu. Fique bem e em paz.
ResponderExcluirJá pensei nisso mais sei que deus tem um proposito em minha vida ....
ResponderExcluirantonio quando vc acha que não tem mais saída para a vida busque nosso deus ele dará resposta do que vc precisa deus abençoe vc
Excluirgente vamos busca alternativa de supera nois mesmo deus e tao bom que nos da oportunidade de viver e aprender pra que tirar a própria vida pense nisso deus e o caminho e a luz
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