Diante da
lamentável enxurrada de comentários maldosos e maledicentes, tentando misturar política
com uma singela homenagem à um querido casal de amigos pela coroação de
sua felicidade, eu estava pensando no que fazer. Publicar toda essa sujeira?
Responder a cada uma delas? Não. Meus amigos não merecem isso. Pedi a Deus para
me inspirar sobre o que escrever para que as pessoas entendam isso de uma vez
por todas. ELE nunca falha comigo, sempre dá um jeitinho de responder às minhas súplicas! Obrigada, meu Senhor!
Ao abrir a minha página no Facebook, apareceu o texto abaixo,
escrito por D. Anuar Battisti, hoje, no seu blog do O Diário.
ADVERSÁRIOS, MAS NÃO INIMIGOS
Neste pleito eleitoral cada candidato e seu partido
fazem de tudo, até o que não podem, para conquistar e convencer o eleitor de
que ele é o mais indicado para administrar a cidade.
Sempre são os melhores e mais preparados, nunca e em
nenhum momento, são portadores de algum defeito que impeça a sua eleição. Pena
que a perfeição só aparece neste curto período.
Depois, salve-se quem puder. Sabemos que são todos
humanos, seres portadores de desejos maiores em colaborar, servir, ganhar
status, buscar vantagens, servir o bem comum; enfim, é um emaranhado de
sentimentos que, no andar da carruagem, nem sempre o que brilha é ouro.
Seja durante a campanha como depois, o que não pode
faltar é a consciência de que todos, candidatos e eleitores, somos adversários
políticos, pertencemos a este ou aquele partido, escolhemos este ou aquele
candidato. Porém, jamais podemos participar deste dever de cidadania como
inimigos.
Ter ou pertencer a um partido, lutar e defender um
candidato, por melhor que seja, nunca dá o direito de conviver na sociedade
como inimigos.
Pensamos diferentes, somos diferentes, mas o que conta é
o bem comum. Tanto os eleitos como eleitores, passados por esta tempestade de
ideias e ideais mirabolantes, deveriam lutar unicamente pelo respeito, pela
convivência amigável, pela união e a dignidade de todos os cidadãos.
Mas infelizmente nem sempre é assim. Uma característica
fundamental a ser considerada numa sociedade democrática é a diversidade, o
pluralismo, as diferenças, que nunca devem ser afastadas e sim confrontadas.
O revanchismo, o revide, a exclusão, a discriminação são
frutos da imaturidade política, infantilismo descabido, coisa de quem nunca
soube perder. Saber perder e saber ganhar são dois aspectos fundamentais para a
convivência pacífica.
Estamos longe ainda de entender que tudo passa, só o
amor permanece. Quantas divisões entre nós por causa destes três meses de
corrida atrás de votos. Principalmente nas cidades pequenas e nos bairros,
quanta inimizade, quantas desavenças e intrigas que permanecem a vida toda.
O mais grave neste contexto político partidário, é a
incapacidade de entender, por parte dos eleitos, que existem adversários
políticos e não inimigos. A ignorância é tão grande quanto a incapacidade de
conviver com o diferente.
Ser capaz de administrar uma cidade contando com todos,
independentemente se pertence a este ou aquele partido, se votou neste ou
naquele candidato.
Finalizado o pleito eleitoral, os eleitos deveriam ter a
consciência de que só existe um único partido a defender: o bem comum de
todos, não só dos que os elegeram. Temos um longo caminho a percorrer.
É triste saber que ainda vivemos numa sociedade de
inimigos, e não de adversários. Imaginemos se dentro do campo de futebol se se
confrontassem vinte quatro inimigos, ao invés de adversários.
Que Deus nos ajude a conviver numa sociedade de
diferentes, para que se estabeleça um sistema verdadeiramente democrático.
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