domingo, 16 de setembro de 2012

MALANDRAGEM X FICHA LIMPA NAS ELEIÇÕES 2012



Jeitinho brasileiro". A máxima é utilizada quando alguém deseja algo e procura driblar as dificuldades de forma - digamos - nada convencional.
Essa prática está no cotidiano, podendo ser vista no ambiente de trabalho, na repartição pública, na igreja, em casa ou no meio da rua. Mas é na política que o vício aparece como se fosse regra. A malandragem histórica está intrinsecamente ligada aos casos de corrupção, ou de comportamento de políticos e partidos que buscam, a todo custo, se dar bem.
Guardadas as devidas exceções, claro. O vício parece interminável. Agora, por (mau) exemplo, fala-se que o “jeitinho brasileiro” será usado para enfraquecer os efeitos da Lei da Ficha Limpa, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para valer a partir das eleições municipais deste ano.

A malandragem consiste em o político “ficha suja”, mesmo impedido pela lei, se lançar candidato e ser confirmado na convenção do partido, para depois esperar o indeferimento do registro de candidatura na Justiça Eleitoral. Nesse período, vai para as ruas com o "lacrimoso" discurso de que está sendo vítima dos adversários, sofrendo perseguição e pedindo o apoio do eleitor.

Quando a Justiça negar o registro da candidatura, lançará outro nome, de preferência um filho, a esposa ou qualquer outro parente ou até um amigo de confiança, apostando na sensibilidade do povo, que costuma ficar do lado das “vítimas”.

Para um político com ficha suja, que é impedido pela Justiça Eleitoral de ser candidato a prefeito, essa alternativa de se fazer eleito por meio de “outros” de confiança,é como se ele fosse eleito indiretamente. O “outro” é eleito, mas quem dará as ordens é o tal. É através deles que ele deseja manter suas garras de gatuno sobre o gigantesco bolo, com as “migalhas” jogadas aos seus "adeptos companheiros". Para quem não pode estar lá, significa a possibilidade de permanecer mamando, mandando e desmandando nas tetas do poder.

Mas não podemos esquecer que a origem do impedimento de candidatura do político ficha suja, foi o desvio/roubo do dinheiro público que deveria ser usado para construção de casas, estruturar e equipar a saúde,  a educação, melhorar salários dos funcionários, a merenda escolar, o transporte, dentre outros, mas esse dinheiro acaba em "bolsos próprios".
Como diz o Padre Orivaldo Robles: “Há muito tempo, o eleitor vem fazendo o papel de bobo”.

Abra o olho, eleitor!

Observe se o seu candidato tem ficha limpa. Veja se ele não é companheiro daqueles que têm ficha suja. Porque se ele for, é porque é igual e vai fazer igual.

Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes.”(1 Coríntios 15, 33)





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