Essa prática está no cotidiano, podendo ser vista no ambiente de trabalho, na repartição pública, na igreja, em casa ou no meio da rua. Mas é na política que o vício aparece como se fosse regra. A malandragem histórica está intrinsecamente ligada aos casos de corrupção, ou de comportamento de políticos e partidos que buscam, a todo custo, se dar bem.
Guardadas as devidas exceções,
claro. O vício parece interminável. Agora, por (mau) exemplo, fala-se que o
“jeitinho brasileiro” será usado para enfraquecer os efeitos da Lei da Ficha
Limpa, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para valer a partir das
eleições municipais deste ano.
A malandragem consiste
em o político “ficha suja”, mesmo impedido pela lei, se lançar candidato e ser
confirmado na convenção do partido, para depois esperar o indeferimento do
registro de candidatura na Justiça Eleitoral. Nesse período, vai para as ruas
com o "lacrimoso" discurso de que está sendo vítima dos adversários, sofrendo
perseguição e pedindo o apoio do eleitor.
Quando a Justiça negar o
registro da candidatura, lançará outro nome, de preferência um filho, a esposa
ou qualquer outro parente ou até um amigo de confiança, apostando na sensibilidade do
povo, que costuma ficar do lado das “vítimas”.
Para um político com ficha suja, que é impedido pela Justiça Eleitoral
de ser candidato a prefeito, essa alternativa de se fazer eleito por meio de
“outros” de confiança,é como se ele fosse eleito indiretamente. O “outro” é
eleito, mas quem dará as ordens é o tal. É através deles que ele deseja manter suas garras de gatuno sobre o
gigantesco bolo, com as “migalhas” jogadas aos seus "adeptos companheiros". Para quem não pode estar lá, significa
a possibilidade de permanecer mamando, mandando e desmandando nas tetas do
poder.
Mas não podemos esquecer que a origem do impedimento de candidatura do
político ficha suja, foi o desvio/roubo do dinheiro público que deveria ser usado para construção de casas, estruturar e equipar a saúde, a educação, melhorar salários dos funcionários, a merenda
escolar, o transporte, dentre outros, mas esse
dinheiro acaba em "bolsos próprios".
Como diz o Padre
Orivaldo Robles: “Há muito tempo, o eleitor vem fazendo o
papel de bobo”.
Abra o olho, eleitor!
Observe se o seu
candidato tem ficha limpa. Veja se ele não é companheiro daqueles que têm ficha
suja. Porque se ele for, é porque é igual e vai fazer igual.
“Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes.”(1 Coríntios 15, 33)
Fontes:
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