A Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a venda no país do primeiro remédio
específico para tratar a dor da endometriose, doença que afeta o endométrio
(membrana interna do útero) e atinge 6 milhões de brasileiras. Segundo os
médicos, a principal vantagem do novo medicamento (Allurene) é o uso prolongado
e por via oral.
Estudos clínicos
demonstraram que o remédio alivia, principalmente, as dores menstruais e as que
surgem durante relação sexual, mas ainda não foram estudados os efeitos do
remédio em determinados grupos de mulheres com endometriose, como aquelas em
que a doença já se instalou no intestino ou na parece externa dos ovários
(endometrioma).
O remédio é um repositor
hormonal que inibe a produção do estrógeno no endométrio- o estrógeno é que
alimenta a doença. O preço da droga, em torno de R$ 170 (para cada caixa com 28
comprimidos de 2 mg), é um outro fator limitante para mulheres com poder
aquisitivo menor.
Estudos demonstram que
quase metade das mulheres com endometriose pode sofrer de infertilidade.
O diagnóstico costuma
ser tardio. A mulher leva, em média, sete anos entre o início dos sintomas e a
detecção e tratamento da doença. Entre as mais jovens (abaixo dos 20 anos), o
tempo é ainda maior: 12 anos. Falta de informação e acesso aos serviços de
saúde são as principais motivos.
O Ministério da Saúde
estuda montar um programa com capacitação de médicos do SUS para um diagnóstico
mais rápido e eficaz da doença. Hoje, o tratamento está disponível, principalmente,em
centros médicos ligados às universidades públicas.
Para entender melhor o
que acontece veja a figura a seguir.
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