quarta-feira, 10 de outubro de 2012

GERAÇÃO Y: QUEM SÃO ELES?


Geração Y, ou millennials. Seja lá o nome que se der a eles. Quem são esses jovens que chegaram desde 1980 e estão mudando o mundo?

Duas gerações anteriores, os baby boomers (a partir de 1946) e a Geração X, ou coca-cola, ou jeans (nascida entre os anos de 1965 e 1979), foram precursoras da Geração Y.

Os baby boomers receberam de volta os soldados da Segunda Guerra Mundial com  certa euforia e uma retomada imediata do crescimento populacional dos Estado Unidos. A Geração X nasceu em meio à Guerra Fria, incluída a Guerra do Vietnã, vivenciando profundas mudanças comportamentais e culturais, mutações sociais que já haviam se iniciado com os baby boomers e que abriram caminho para a Geração Y.

Se observarmos cada uma dessas gerações podemos perceber que uma geração determina a outra. Os baby boomers eram mais otimistas que a Geração X. Esta, por sua vez, era mais resistente à frustrações que a Geração Y.  Ou seja, pais e avós da Geração Y, eram mais capazes de abrir mão de conforto, de encarar privações ou mesmo de engolir sapos para alcançar seus objetivos. 

Atualmente, os protagonistas são os da Geração Y. Não importa o nome que se dê ou sua origem, o jeito dessa geração enxergar a realidade e de interagir com o ambiente socioeconômico molda a nossa maneira de operar atualmente. Agora, são as gerações anteriores que precisam correr para alcançá-los, em uma reversão inédita na história. 

Antigamente, os filhos se espelhavam nas profissões dos pais. Os ideais da vida vinham de cima para baixo. Mudou tudo. Essa nova geração tem capacidade de fazer tudo ao mesmo tempo. Passam nove horas trabalhando, cinco navegando na internet, cinco no Facebook, ou no msn, três ouvindo música, duas horas jogando videogame, mais duas vendo TV, mais duas enviando torpedos, ou falando ao celular, três horas estudando e oito horas dormindo. Se somar tudo, são 46 horas, o que significa dizer que essa, para essa turma, um dia pode valer praticamente dois. 

Além de ágeis, imediatistas, superficiais, multitarefas, sociáveis e colaborativos, os ipsilons são seguros, muito seguros. Eles tiveram muito mais afeto e atenção dos pais do que as gerações anteriores. Alguns os chamam de mimados. Mas, mimados ou não, o fato é que seus pais foram mais às suas apresentações de dança e partidas de futebol na escola. Mesmo chegando em último nas corridas, os pequenos dessa geração receberam chaveiros pela participação e hambúrgueres pela coragem e bravura. É preciso rever algumas dessas posições dos pais para "consertar" alguns desacertos, mas isso é assunto para auto-ajuda aos pais.

Todavia, apesar de "mimados", não houve geração anterior que tenha acreditado tanto em seu potencial como a Geração Y. Para eles, o próprio sucesso depende muito mais de si mesmo do que dos outros. São as suas escolhas que contam, e não as alheias. Com isso, eles desenvolveram um grau elevado de iniciativa e capacidade de escolha e, quando querem algo, têm bem menos medo de correr riscos do que seus antecessores. Para eles, mudar definitivamente não é um problema. Assim, experimentam as alternativas com muito mais facilidade, sem constrangimento ou receio, seja no comportamento social, de consumo ou  íntimo.

A Geração Y é diferente de tudo que já existiu e são maioria, pois nunca uma geração foi tão representativa em termos quantitativos. No Brasil ainda mais, pois somos um país muito jovem. 

E se aqui, a voz do povo é a voz de Deus...bem, então Deus nunca falou tão alto, tão rápido e com gírias tão curiosas quanto agora. 

"Não se trata apenas de conseguir informação com facilidade e velocidade nunca antes vistas, mas também de fornecê-la, à sua maneira - em celulares, blogs, Facebook, Twitter, Orkut, Msn - com a mesma facilidade, velocidade e uma amplitude sem precedentes. Ou seja, eles realmente têm as condições para formar opinião em escala global, o que nenhuma outra geração conseguiu." 

Não se pode esquecer que tudo que se sabe agora, era totalmente desconhecido há 10 anos, e o conhecimento da humanidade deve dobrar nos próximos dois anos. Ou seja, não haverá tempo para ler tudo, de cabo a rabo.

O mundo mudou. A Geração Y está ai e é muito exigente. 

E Ivatuba sentiu isso nessas eleições.



LEIA MAIS EM:
CALIARI, M. Código Y: decifrando a geração que está mudando o país. São Paulo: Évora, 2012.


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