A violência sexual em crianças de 0 a 9 anos é o segundo maior tipo de
violência mais característico nessa faixa etária, ficando pouco atrás
apenas para as notificações de negligência e abandono.
A conclusão é de um levantamento inédito do Ministério da Saúde, que, em 2011, registrou 14.625 notificações de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças menores de dez anos. A violência sexual contra crianças até os 9 anos representa 35% das notificações.
A conclusão é de um levantamento inédito do Ministério da Saúde, que, em 2011, registrou 14.625 notificações de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças menores de dez anos. A violência sexual contra crianças até os 9 anos representa 35% das notificações.
A maior parte das agressões ocorreram na residência da criança (64,5%).
Em relação ao meio utilizado para agressão, a força
corporal/espancamento foi o meio mais apontado (22,2%), atingindo mais
meninos (23%) do que meninas (21,6%). Em 45,6% dos casos o provável
autor da violência era do sexo masculino. Grande parte dos agressores
são pais e outros familiares, ou alguém do convívio muito próximo da
criança e do adolescente, como amigos e vizinhos.
Pessoas que se aproveitando da inocência de menores incapazes
de se defender sozinhas, violam a inocência, abusam da confiança e do
poder a eles conferido de cuidar.
Quando o abusador é o pai ou o padrasto, torna-se ainda mais delicado
o problema. Mais ainda por existirem muita mães omissas, que preferem
“sacrificar” uma filha, ou por medo das ameaças que são feitas, ou por
temerem as dificuldades que fatalmente surgem com a descoberta
e revelação do abuso sexual. Diante disso, a criança ou adolescente por sua vez, tem medo de que com a
atitude de denunciar, o abusador seja punido. Aí surge outro sofrimento,
a sensação de “culpa”. Ou seja, de vítima, ela passa a se sentir a
“culpada”.
O abuso é sempre errado, e as crianças devem relatá-lo a um adulto de
confiança. Os pais precisam manter o canal de comunicação aberto e
conversar sempre que sentirem que algo está acontecendo com seus filhos,
ou quando eles estão se comportando de maneira diferente.
Para incentivar as crianças a denunciar qualquer abuso, elas precisam
saber com que adultos elas podem conversar. Especialistas recomendam
que os pais ensinem seus filhos a relatar qualquer toque que as façam
sentir desconfortáveis – mesmo que seja por um membro da família,
professor, líder de um grupo de jovens ou por outra criança.
Como evitar abuso sexual infantil? Conversando. Veja como falar com a criança sobre o assunto:
- Mostre quais são os toques permitidos – como um abraço ou um tapinha nas costas – e quais são ruins, como as áreas privadas.
- Diga ao seu filho que ninguém – nenhum membro da família, professor, outra criança ou adulto – pode tocá-la nas áreas cobertas por um biquini, cueca ou calcinha, porque estas são áreas privadas. As exceções são os pais, na hora de dar banho na criança ou a ajudando no uso do banheiro, assim como um médico ou enfermeiro ao examinar a criança em um consultório médico ou unidade de saúde.
- Diga ao seu filho que ele tem o direito de dizer “não!” para qualquer adulto que tente tocar suas áreas sexuais.
- Diga ao seu filho que se alguém o tocar de alguma forma em suas partes íntimas, ele deve dizer isso a mãe, pai e ou a avó/avô ou outra pessoa de confiança imediatamente.
Outras formas de abuso sexual infantil são a exposição a atos sexuais
ou conteúdos sexualmente explícitos não destinados a menores. As
crianças devem ser incentivadas a conversar com os adultos de confiança
quando qualquer uma dessas coisas acontecer.
Fontes:
familias abram os olhos
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